O portal UOL acusou a Justiça de Brasília de censura nesta sexta-feira. A liminar, solicitada por Flávio Bolsonaro e acatada pelo veículo, engloba duas reportagens sobre o uso de dinheiro vivo para compra de imóveis da família Bolsonaro.
Para o desembargador Demetrius Gomes Cavalcanti, as matérias do UOL apresentam ilegais, extraídas de um inquérito policial anulado pelo STJ.
Em nota, a Abraji repudiou a decisão do Judiciário.
"Primeiro porque é de interesse de toda a sociedade brasileira ter conhecimento sobre transações suspeitas envolvendo familiares do presidente – entre eles, três parlamentares. Em um contexto eleitoral, a liminar é ainda mais grave, pois impede o escrutínio público, cerceia o debate e impede o exercício livre da imprensa. A reportagem não faz ilações. As informações foram extraídas a partir da análise minuciosa de documentos coletados em cartórios durante sete meses, com mais de mil páginas lidas", destaca.