O Grande Prêmio é parceiro do Teleguiado há três anos. É a pior parceria do mundo para o Grande Prêmio. Eu não consigo (e não quero) concorrer com os sites mais acessados. Sou o Sergio Perez da turma, contabilizando sovas por 250 ou 300 pontos a cada temporada. A boa notícia é que eu não sou metido a Christian Horner.
A TV a cabo desapareceu. Em janeiro, os canais por assinatura responderam por 7,9% do consumo total aferido pela Kantar. O TikTok, sozinho, bateu 4%. O sucateamento do mercado nacional tem menos a ver com o streaming e mais a ver com a falta de imaginação dos programadores. As grades oferecidas aos brasileiros são repetitivas e generalistas. A especialização disse adeus.
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“O que o parágrafo acima tem a ver com o Grande Prêmio?”, perguntam o leitor charmoso, a leitora astuta e o jornalista da Folha que lê o Teleguiado aqui e nas redes sociais para republicar tudo sem conceder o devido crédito. Eu respondo: tudo. Agora multiplataforma, o Grande Prêmio devolveu aos fãs do automobilismo o prazer perdido com a extinção do Speed Channel, um dos muitos canais segmentados abandonados do meio da década de 2000 para cá.
Dono dos direitos de transmissão do WEC, da Fórmula E, das 24 Horas de Daytona, da F4 Saudita e do Endurance Brasil, o Grande Prêmio acelera para ser a primeira e única emissora especializada em automobilismo no Brasil. Enquanto SporTV e ESPN insistem na overdose futebolística para repartir menos de 2% de market share, um portal apela ao modelo que, décadas atrás, dava oxigênio também à imprensa escrita: o conteúdo de nicho.
Um último dado: o YouTube, casa do Grande Prêmio, tem 18,2% de share. Pouco perto dos 60 e tantos pontos da TV aberta. Muito comparado ao quinhão da TV paga.