O Catraca Livre, esgoto a céu aberto da imprensa brasileira, repercutiu, com o cinismo que lhe é peculiar, a "apuração" do BuzzFeed sobre o tweet em que Rita Lee tira do armário o candidato à presidência Jair Bolsonaro.
Quem repercutiu o tweet de Rita Lee fora de contexto é burro ou desonesto. Não existe meio termo. Uma pessoa formada, treinada, não pode ser incapaz de interpretar um post de cento e poucos caracteres. Os redatores que disseminaram essa besteira queriam apenas caçar cliques - como se audiência resolvesse o problema de financiamento dramático vivido pela maioria das empresas de comunicação do Brasil - e arrumar mais um argumento frouxo para desconstruir Jair Bolsonaro. Informar? Que nada! O lance é lacrar.
Pior que a subversão do jornalismo é o desespero latente dessa gente. Qual é o problema com a sexualidade de Bolsonaro? Se ele fosse gay e homofóbico, algo mudaria para o eleitor? Não. Aliás, já passou da hora da esquerda entender que a força de Bolsonaro não está atrelada às opiniões dele, mas ao mito do antipetismo, fenômeno que beneficiava o PSDB no passado.
Ou a imprensa abandona o quarto dos pais ou levará chapéu de um político indesejável por (pelo menos) quatro anos.