A imprensa precisa assumir sua parcela de culpa na farra dos nudes.
A vítima da vez, Felipe Neto, apareceu em chamadas absolutamente sensacionalistas, típicas do jornalismo nada profissional da web.
Quem publica esse tipo de lixo costuma falar que a zoeira nas redes sociais é tão ou mais danosa para a imagem das vítimas e não é condenada publicamente. Na teoria, isso faz algum sentido. Na prática, não.
As piadas estão no campo da imaginação, não machucam e têm função quase pedagógica. O próprio Felipe tirou sarro da situação para alertar o público sobre as causas e consequências da divulgação de vídeos íntimos. As notícias estão no campo da razão e podem causar prejuízos sérios à imagem das vítimas - do contrário, não discutiríamos tanto o impacto das fake news na política.
Ou a imprensa repercute a sério o tema ou logo mais teremos um verdadeiro exército de sequelados na internet, dispostos a forjar personagens e imagens para prejudicar anônimos e famosos.