Novo Presidente da Jovem Pan acusou Folha de se vender ao PT
Novo Presidente da Jovem Pan, Roberto Araújo acusou o Grupo Folha se vender ao PT. Em novembro, respondendo a reportagens e colunas da Folha e do UOL que aventavam mudanças na linha editorial da emissora, o executivo disse que a concorrente "sabe muito bem colocar preço" no compromisso com a verdade. No YouTube, a gravação soma 47 mil views. Exibida também na TV paga e no rádio, a mensagem atingiu mais algumas centenas de milhares de pessoas.
"A Jovem Pan não mudou ordem editorial. Nossos valores e princípios são os mesmos há 80 anos. Também não nos vendemos, como alguns querem fazer crer. E por uma simples razão: o compromisso com a verdade não tem preço. O Grupo Folha, ao contrário, sabe muito bem colocar preço nesse compromisso. Será que as verbas publicitárias serviram como incentivo para a campanha realizada pelos veículos do Grupo Folha nas eleições deste ano [2022]? Os valores estão abertos no Portal da Transparência. São mais de meio bilhão de reais recebidos pela Folha ao longo dos governos petistas", atacou.
"Como está demonstrado pelos números, a Jovem Pan, independentemente do governo, sempre atuou da mesma forma: não submetemos nosso jornalismo aos interesses de quem paga mais ou menos. Atuamos sob os mesmos princípios. Estão muitos enganados quem afirma que a Jovem Pan abandonará a sua posição como defensora da família, das liberdades individuais, da imprensa livre independente e de um estado mínimo. Não negociamos nossos valores. Não nos vendemos para governo Bolsonaro, Lula ou de qualquer outro político. Os que insinuam o contrário estão querendo rebaixar a Jovem Pan ao submundo frequentado por eles", finalizou.
Roberto Araújo é o principal responsável pela expansão da Jovem Pan nas plataformas digitais. Internamente, o sucesso da atual programação da rádio, mais falada e menos musical, e os bons resultados no YouTube, no streaming e na TV paga são atribuídos ao trabalho de modernização liderado pelo executivo a partir de 2013. Antes do choque de jornalismo da Pan, simbolizado por programas como "3 em 1" e "Os Pingos Nos Is", o único case digital da emissora era o "Pânico", que anos depois seria o carro-chefe do extinto portal "Vírgula".