Folha, Terra e outros veículos de comunicação que juram de pés juntos combater "as fake news" passaram adiante uma tese patética de Felipe Neto, o youtuber que ficou milionário com comentários raivosos e agora paga de santinho. Para o imitador de foca, o Google escolheu associar o nome do presidente Lula ao substantivo "corrupção".
O algoritmo do Google, e Felipe Neto sabe muito bem disso, é condicionado pelos hábitos de consumo dos internautas, e não por picuinhas políticas. Lula nunca esteve em uma coroação da família real britânica, mas deu milhares de declarações sobre as acusações de corrupção que rondaram seu nome a partir da Operação Lava Jato e do julgamento da ação penal do Mensalão. Na ausência de referências ligando o ex-presidente à coroação de Charles III, só restou ao buscador oferecer um substantivo com grafia semelhante. E, no caso do petista, nenhum outro tem mais páginas indexadas que "corrupção".
Se a imprensa foi enganada por Felipe Neto? Receio que não. Ela só é sensacionalista e arrogante mesmo.
Em tempo: o Twitter corrigiu o negacionismo felipenetista.
https://twitter.com/felipeneto/status/1654549104087691270?s=20