A Folha e o UOL exibiram manchetes onde os terroristas do grupo Hamas são chamados de "combatentes", isto é, pessoas autorizadas a usar a força em "situações de conflito pelo direito internacional humanitário" -- o trecho entre aspas compõe o guia de fontes da organização não governamental "Médico Sem Fronteiras".
"Combatentes são pessoas autorizadas a usar a força em situações de conflito pelo direito internacional humanitário. Em tempo de conflito, eles constituem alvos militares legítimos, mas não podem ser processados criminalmente por sua participação nas hostilidades, a não ser que sua conduta não esteja em conformidade com as leis da guerra. Em conflitos armados não internacionais, grupos armados não estatais, rebeldes ou dissidentes são considerados partes do conflito, o que os compele a cumprir as provisões do direito internacional humanitário para esse tipo de guerra. No entanto, seus integrantes não têm status de combatente", diz o texto da ONG.
O Hamas não é (nunca foi, nunca vai ser) um grupo de caráter humanitário. São dezenas de relatos de civis --crianças, mulheres e idosos-- sequestrados pelos integrantes do Hamas e militares baleados antes da contraofensiva ordenada pelo governo israelense. Pelo menos 300 pessoas morreram no Sul de Israel, porta de entrada da invasão dos terroristas, e na Faixa de Gaza.
É asqueroso que o mesmo jornal que patrulha comediantes, atores e outros profissionais liberais passe um pano desse tamanho a esses bárbaros. A Folha prova, mais uma vez, não ter compromisso com a informação e a democracia. O negócio dela é militar, confundir e causar.