A Folha admitiu que errou ao chamar os integrantes do Hamas de "combatentes". Em nota aos assinantes, o jornal avisou que a nomenclatura correta é "terroristas".
"Segundo o Manual da Redação, a palavra terrorista deve ser usada para qualificar quem "pratica violência indiscriminada contra não combatentes a fim de disseminar pânico e intimidar adversários". É o caso dos integrantes do Hamas, que no último sábado (7) iniciaram uma série de ataques contra alvos civis em Israel", apontou.
Sábado, a Folha e o UOL exibiram manchetes onde os terroristas do grupo Hamas eram chamados de "combatentes", isto é, pessoas autorizadas a usar a força em "situações de conflito pelo direito internacional humanitário" -- o trecho entre aspas compõe o guia de fontes da organização não governamental "Médico Sem Fronteiras".
"Combatentes são pessoas autorizadas a usar a força em situações de conflito pelo direito internacional humanitário. Em tempo de conflito, eles constituem alvos militares legítimos, mas não podem ser processados criminalmente por sua participação nas hostilidades, a não ser que sua conduta não esteja em conformidade com as leis da guerra. Em conflitos armados não internacionais, grupos armados não estatais, rebeldes ou dissidentes são considerados partes do conflito, o que os compele a cumprir as provisões do direito internacional humanitário para esse tipo de guerra. No entanto, seus integrantes não têm status de combatente", explica a ONG.