Imprensa

Crítica da Folha a Casimiro beira o ridículo

O colunista Nelson de Sá está encafifado com os palavrões proferidos pelo streamer Casimiro. “Casimiro, em sua disrupção do espetáculo, carrega nos palavrões, com passagens como ‘aperta que eles peidam’ ou ‘estava com um cagaço de que fosse zero a zero’. No momento em que um jogador estava no chão, após ser atingido no pescoço, […]

DIVULGAÇÃO

O colunista Nelson de Sá está encafifado com os palavrões proferidos pelo streamer Casimiro.

“Casimiro, em sua disrupção do espetáculo, carrega nos palavrões, com passagens como ‘aperta que eles peidam’ ou ‘estava com um cagaço de que fosse zero a zero’. No momento em que um jogador estava no chão, após ser atingido no pescoço, cobrou dos colegas, um por um, rindo como um adolescente com o duplo sentido homofóbico: ‘Já tomou bolada no queixo?’.

A Folha é pior que uma bolada no queixo —ria, Casimiro— e não é de hoje. Chama atenção, porém, o sensacionalismo do artigo. Nem a minha falecida avó chamaria Casimiro de boca suja —ela achava João Gordo um senhor engraçado, vejam só. Perto dos quadrinhos da Folha, que são muito bons, “aperta que eles peidam” parece versículo do Velho Testamento. Sobre a acusação de homofobia, só posso parafrasear o Faustão da Twitch: “meteu essa?”.

O aspecto mais aborrecido do pensamento progressista tupiniquim é a bipolaridade. Não dá para ser liberal no sexo, nos costumes e na Constituição e ser careta com manifestações artísticas, sejam elas de alta ou baixa cultura. Criminalizar o inocente “já levou bolada no queixo” é tarefa para os tapados do Choquei, não para os escribas do outrora jornal mais lido do Brasil.