Catraca Livre é a versão millennial da velhinha fuxiqueira do interior

A editoria "o que o Silvio Santos fez no domingo?" continua ativa no Catraca Livre. Desta vez, o site progressista afirmou que as redes sociais ficaram em polvorosa quando o apresentador espiou o peito de Lívia Andrade, durante o "Jogo dos Pontinhos".

A atriz não ficou brava com a brincadeira. Citou ela no Instagram e fez troça da reação do patrão. O Twitter e o Facebook ignoraram o assunto - a participação de Michel Temer fez muito mais barulho do que qualquer outra pauta do programa. Só a versão millennial da velhinha fuxiqueira da cidadezinha do interior ficou ofendida.

O Catraca Livre, a exemplo do Buzzfeed, ataca Silvio Santos semanalmente. O texto publicado nesta segunda-feira, difere dos demais ao escancarar o cinismo, a má-fé e a desonestidade da galerinha mais descolada do jornalismo brasileiro.

A lição de moral começa de forma despretensiosa, com um puxãozinho de orelhas - "Silvio Santos não se emenda" - e acaba com uma ameaça acovardada e formal - "a trajetória de sucesso não faz com que ele seja imune a velhos preconceitos e a comportamentos racistas, machistas e homofóbicos". Como se Gilberto Dimenstein e seus pupilos fossem moralmente superiores.

Em 2017, as velhinhas fuxiqueiras do Catraca Livre trocaram a janela do quarto pelo "Teleton", projeto social do "racista, machista e homofóbico" Silvio Santos. A geração politicamente correta evoluiu. Passou a ser politicamente conveniente. Politicamente desonesta.