A imprensa brasileira é feita de trouxa por Jair Bolsonaro por ser irremediavelmente histérica e afobada -- como o próprio presidente, diga-se.
Nesta manhã, milhares de leitores da carta pela democracia se acotovelaram para compartilhar uma nota que acusava Bolsonaro de almoçar com Guilherme de Pádua. A prova do crime? Uma foto de Michelle Bolsonaro com a esposa do assassino de Daniella Perez e muito papo furado, especialidade da imprensa 2.0.
A família Bolsonaro realmente esteve na igreja que acolheu Guilherme de Pádua. Isso, por si só, já renderia uma notinha para azucrinar o governo. Só que a imprensa quis dobrar a aposta. Preferiu levar adiante uma nota publicada por uma colunista que, anos atrás, deu a notícia da morte de Ziraldo, vivo até hoje. Até Monica Bergamo levou adiante a lorota.
Fabio Wajngarten fez questão de compartilhar um vídeo do último domingo, em que Bolsonaro deixa uma churrascaria em São Paulo rumo ao estádio do Palmeiras, onde assistiria ao jogo do clube paulista contra o Goiás. A Veja, que repercutiu a fake news do almoço presidencial com Guilherme de Pádua, também repercutiu a ida de Bolsonaro à churrascaria paulistana. Como pode uma pessoa estar em dois lugares ao mesmo tempo? E como pode um veículo do tamanho da Veja cometer erro tão atroz? O filtro que os bem-intencionados doutores em comunicação preconizam não é válido quando o prejudicado é um "inimigo"? Feio, muito feio.
Jair Bolsonaro é um presidente preguiçoso, despreparado e desesperado por cliques fiscalizado por uma imprensa preguiçosa, despreparada e desesperada por cliques.
É o match da nossa ruína.