Declarações de Alexandre Garcia e Paulo Figueiredo embasaram a decisão do Ministério Público de instaurar inquérito contra a Jovem Pan por incitação a atos golpistas. No documento enviado à imprensa, o MP cita comentários realizados pelos contratados da emissora entre novembro e ontem, dia em que os bolsonaristas invadiram as sedes dos Três Poderes para demonstrar força.
Citando a cobertura das invasões articuladas em Brasília, o MP destacou frases que "minimizaram o teor de ruptura institucional" dos atos protagonizados pelos golpistas.
"O comentarista Alexandre Garcia, contratado da emissora, chegou a fazer uma leitura distorcida da Constituição para atribuir legitimidade às ações de destruição diante do que ele acredita ser um contexto de inação das instituições", expôs.
Paulo Figueiredo é mencionado por "validar os atos de vandalismo" de Brasília e declarar, em 22 de dezembro, que as opções para o Brasil eram a aceitação de uma eleição sem transparência ou a deflagração de uma guerra civil.
Rodrigo Constantino, Fernando Capez e Zoe Martinez também figuram na análise de conteúdo do MP. A cubana, única integrante do "Morning Show" citada formalmente, disse em 21 de dezembro que as Forças Armadas deveriam destituir os ministros do STF.