Comédia mais comentada do ano, "Barbie" é simplória sem ser inglória. O roteiro estrelado pela simpaticíssima Margot Robbie é fluido e a migração do reino da fantasia para o live action é inteligente --lembra a adaptação dos Flintstones ao cinema, na década de 1990. A grande piada da história, no entanto, foi a reação de um pedacinho da audiência.
As redes sociais criaram a maior onda de politização, superficialidade e cretinice de todos os tempos. Vinte anos atrás, discussões como "Barbie é cristã ou comunista?" seriam ridicularizadas em praça pública. Hoje, com a insuspeita ajuda dos algoritmos, elas são levadas à televisão e remuneradas pelo YouTube. Sai a terra plana, entra a boneca comunista de R$ 99,99 que castra meninos e insubordina meninas. E diziam que não era possível piorar...