"Ted Lasso" sobe Apple+ de patamar

Por “oferecer o perfeito contra-ataque à prevalência duradoura da masculinidade tóxica, tanto na frente como atrás das câmeras, em um momento em que a nação realmente precisa de modelos inspiradores de gentileza”, “Ted Lasso” venceu o prêmio Peabody de 2021. Domingo passado, recebeu o Emmy. É, em outras palavras, a bola da vez. E por boas razões.

Do veterano Bill Lawrence, mesmo criador de “Scrubs”, a festejada comédia da Apple+ acompanha a vida de Ted Lasso (Jason Sudeikis), um técnico de futebol americano contratado para treinar um time de futebol tradicional da Inglaterra. Rebecca Welton (Hannah Waddingham), dona da equipe, apostava na inexperiência do "coach" para destruir a marca, idolatrada por seu ex-marido, um milionário traidor. Acontece que, com seu jeitinho interiorano e otimista, o treinador acaba implementando mudanças que surpreendentemente melhoram o time.

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O primeiro episódio foi ao ar em meados de agosto de 2020, um período marcado pela pandemia do coronavírus, a disputa eleitoral pela presidência entre Trump e Biden e os protestos contra a violência policial e o racismo nos Estados Unidos. Em meio ao clima de Deus nos acuda, “Ted Lasso” surgiu como um refúgio. Apesar de possuírem tramas bastante diferentes, “Lasso” lembra um pouco “Schitt’s Creek” (outro fenômeno de sucesso), no sentido em que os personagens vão invadindo nossos corações com pura positividade.

“Ted Lasso”, no entanto, é especial por tratar de um universo tomado pela violência masculina, dentro e fora dos campos (a Premier League é famosa pelos “bad boys”). Seu protagonista funciona como uma espécie de Mr. Rogers ou urso Paddignton, ensinando o valor da ternura e da amizade para os broncos do esporte e transformando a própria comunidade.

Já com 100% de aprovação no Rotten Tomatoes, a segunda temporada de “Ted Lasso” começa hoje e conta com mais 12 episódios. Graças ao sucesso, a série já foi renovada para mais um ano.

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