Netflix volta para 1990 com modelo de assinatura com intervalo comercial
Esperava mais do novo sistema de assinatura da Netflix. Oferecer um desconto de R$ 7,00 a quem permitir anúncios sabão em pó durante os episódios de "Bridgerton" e "Stranger Things" soa como uma piada de 1990.
A TV paga brasileira tem mais de 30 anos e entrega a mesma experiência da "nova" Netflix. Quem gosta do GNT ou da TNT é obrigado a aguentar o modelo da Trivago, o jogador de futebol da Betano e o ex-piloto de Fórmula 1 da Heineken a cada 15 ou 20 minutos. A diferença é a oferta. O GNT e a TNT são canais de TV do pacote básico. Quem os assina quer, na verdade, qualidade de imagem e um conjunto que engloba mais quatro dezenas de opções de entretenimento. O streaming é, ou deveria ser, outra coisa. Para as plataformas, só faz sentido colocar o pé na publicidade se o custo para o consumidor final for próximo a zero. Do contrário, fica o retrogosto de punição. O sentimento de "vale mais pagar logo os R$ 25,90 e ficar livre dos reclames".