Até quando Brasília será submissa aos delírios de Jair Bolsonaro?
As sandices que Bolsonaro proferiu em Brasília e em São Paulo não merecem nota. Acostumado com os debates no "Superpop", o presidente repete há dois anos as mesmas besteiras sobre o Judiciário e a governabilidade. O que merece nota, mais uma vez, é a covardia dos supostos guardiões da democracia.
Pouco importa se Bolsonaro tem ou não coragem para levar adiante um golpe institucional. A mera intenção, a esta altura inequívoca, exige resposta enérgica do Legislativo. Rodrigo Maia, que hoje finge fazer oposição ao governo federal, poderia ter feito isso ano passado, colocando o processo de impedimento em jogo. Não quis, já que é um covarde de marca maior.
O Brasil é governado por uma seleção de incompetentes e liderado por um palerma que julga estar acima da lei e da ordem, do bem e do mal. Esperar 2022 para resolver esse problema é temerário. Entre o cálculo político do Centrão, que vende caro seu apoio ao cadáver conservador entrevado no Palácio do Planalto, e a covardia de quem se deixa levar por robôs no Twitter e manipulação de opinião pública nas demais redes, está um país que precisa se desenvolver e seguir a vida.