"Pop", hit do 'N Sync, reescreveu destino das boy bands

Lançado há 20 anos, "Celebrity" é o epitáfio do 'N Sync e de todas as boy bands que brotaram do chão das gravadoras no meio dos anos 1990.

Bem mais ousado que "No Strings Attached", álbum anterior de Justin Timberlake e seus bluecaps, e um tanto mais interessante que "Millenium", disco que deu autoridade aos Backstreet Boys no cosmo fonográfico, "Celebrity" aponta fusões indispensáveis para a sobrevivência dos astros pop dessa geração.

A primeira delas pulula na metalinguística "Pop", que abre o disco. Livre dos vocais melódicos e cientificamente dosados dos demais hits do 'N Sync, "Pop" cruza a matinê para invadir as baladas de verdade, algo inimaginável para aquele nicho. A passagem de bastão mais marcante acontece mais adiante, em "Girlfriend", com a chegada de Pharrell Williams à prateleira dos discos de platina da música pop –é ele quem assina a versão remix do single, muito mais legal que o original. Começava ali a tomada de poder do hip-hop e dos grandes produtores.

Todos entenderam o recado de "Celebrity"? Claro que não. Nick Carter, em 2002, quis, em carreira solo, fazer o mesmíssimo som dos Backstreet Boys. Atendeu um nicho. E só. Justin Timberlake fez o caminho inverso. Tropeçou aqui e acolá, mas amadureceu. Continua nas paradas. Continua pop.

***

TOP 20 BRASIL
7/7/2001