"Curupira: O Demônio da Floresta" é incancelável

Uma gente complexada e burra está pegando no pé dos produtores de "Curupira: o Demônio da Floresta", filme maranhense de terror estrelado pelo Curupira. Segundo os censores oficiais da internet, a produção atenta contra a natureza, a cultura do Brasil e a reputação dos povos indígenas (!?) ao mexer nas características do personagem, um dos mais populares do nosso folclore.

Os canceladores brasileiros são muito criativos. Se eu tivesse tempo, entrevistaria um por um e contrataria os melhores para serem roteiristas. Infelizmente, a volúpia dessa gente não é construtiva. É destrutiva. Eles trabalham para pichar imagens, assassinar reputações, atrasar carreiras. São antípodas da liberdade. Versões farsescas e covardes dos abilolados que perseguiram os cartunistas do Charlie Hebdo anos atrás.

Os americanos fazem cinema e TV -- ficcional, registre-se -- com muito mais liberdade que nós, brasileiros. Se "Breaking Bad" nascesse aqui, algum sindicato reclamaria que os professores são defenestrados por Walter White. É muita mediocridade para um país só. É muito corporativismo para um país só.

Estamos perdidos no centro, na esquerda e na direita.

P.S.: "Curupira: O Demônio da Floresta" estreia dia 28 nos cinemas maranhenses. Fica a torcida para o longa encontrar espaço nas plataformas de streaming.